domingo, 22 de maio de 2011

Arcabouço Geológico



A Pedra Azu, situada na Serra
Capixaba, é um exemplo de momento
granítico fortemente esculpido pelos
agentes extremos.
            O conhecimento do arcabouço ou estrutura geológica é de fundamental importância para a exploração dos recursos minerais de uma área. Ao conjunto de diferentes tipos de rochas de uma região e aos inúmeros processos por elas sofridos no decorrer do tempo geológico damos a denominação de estrutura geológica. Assim, em cada uma dessas diferentes estruturas, encontramos características próprias que lhes conferem identidade. Disso resulta uma desigual distribuição das rochas e dos minerais pela superfície terrestre, pois a disposição dos minérios depende da ação das forças internas que têm atuado sobre as camadas da Terra no decorrer do tempo geológico.

            Se observarmos a evolução da Terra por intermédio das eras geológicas, é possível identificar processos de formação de jazidas, rochas e estruturas geológicas. Comparando as representações desses três processos, veremos a relação existente entre eles.
            Os depósitos de recursos minerais formaram-se em determinados momentos da evolução do planeta Terra nesses 4,5 bilhões de ano. Cada concentração de minério expressa uma história geológica e climática que possibilitou tanto a geração como a acumulação e rochas de grande interesse econômico.
            Existem três tipos principais de estrutura geológica na crosta terrestre: faixas orogênicas (cinturões orogênicos) ou dobramentos modernos, bacias sedimentares e escudos cristalinos (núcleos cratônicos).
        Na porção leste do continente, encontram-se escudos cristalinos; na zona central, as bacias sedimentares e, na faixa ocidental, as faixas orogênicas.
Serra da Mantiqueira, Rio de Janeiro,
Brasil
            No Brasil, não há dobramento modernos, razão pela qual não se encontram cordilheiras ou montanhas. Esses dobramentos estão associados ao tectonismo e ocorrem em áreas de encontro de Placas Tectônicas, onde muitas vezes houve a formação de extensas e elevadas cordilheiras, as quais apresentam formas abruptas de relevo, com picos pontiagudos e declives acentuados, devido ao menor tempo em que ficaram expostas aos agentes erosivos.
            As elevações que encontramos no território brasileiro possuem uma gênese distinta das cordilheiras. Essas formas de relevo decorrem da ação de diferentes agentes e foram formadas em tempos geológicos diferentes. No Brasil, as elevações recebem a denominação de serras, escarpas, cuestas, inselbergs, chapadas e tabuleiros, nomes que variam segundo o histórico geológico (origem e evolução) e os processos que deram origem a essas elevações.
            A Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, entre outras, são consideradas dobramentos ou cinturões orogênicos bastante antigos, por essa razão se encontram atualmente muito desgastadas pelos agentes erosivos que vêm sucedendo nas diversas fases erosivas da escala geológica. Por essa razão, geralmente, apresentam formas de relevo suavemente onduladas e rebaixadas pelo longo trabalho dos agentes externos do relevo.
            No mapa de estrutura geológica, é possível perceber o predomínio de bacias sedimentares, que cobrem em torno de 64% do território brasileiro. Todavia, as áreas de escudo cristalino (onde fica situadas a maior parte das serras e chapadas) também cobrem extensas áreas do Brasil, em torno de 36% da área total.

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