quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Força da Iniciativa


            Demanda em alta; financiamento disponível; transporte de carga barato; uma reserva crescente de mão de obra; avanço tecnológico. Foram esses os sustentáculos do crescimento industrial britânico. Mas, acima de tudo, a prosperidade da nação veio da bem-sucedida utilização da energia do vapor. Desde o século XVII que se realizavam experiências com máquinas a vapor; já então, os cavalheiros com inclinação científica reconheciam a força propulsiva do vapor confinado em espaço pequeno. A colaboração de um desses amadores, o capitão Thomas Savery, de Londres, com o ferreiro West County, Thomas Newcomen, conseguia levar a máquina do laboratório para o lugar de trabalho já em 1712. Mas foi o engenheiro escocês James Watt que, em 1773, praticamente reinventou a energia do vapor numa série de máquinas cada vez melhores. Quase cinco vezes mais potente que a máquina primitiva de Newcomen, e muito mais maleável, a máquina de Watt deixou as vantagens do vapor óbvias demais para serem ignoradas. Desenvolvidos na fundição de Matthew Boulton, patrocinador de Watt, esses engenheiros faziam funcionar teres mecânicos, laminadores martelos mecânicos e bombas, de forma barata e continuamente. Pela primeira vez, a manufatura era possível numa escala de fato industrial.

[]    A força da Iniciativa (1800-1850). História em Revista, Rio de Janeiro: Abril, p. 57, 1992.

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